
O vírus é chamado de adenovírus. Há mais de 50 tipos do adenovírus, que é o vírus mais comumente responsável por doenças respiratórias, que vão desde o resfriado comum a pneumonia. A maioria das pessoas fica exposta a algum tipo do vírus antes dos 10 anos.
As crianças expostas ao vírus pesavam em média 23 kg a mais do que as crianças que não foram expostas ao vírus. E, mesmo entre as crianças obesas, as expostas ao vírus pesavam uma média de 16 kg a mais do que crianças obesas que não tinham sido expostas ao vírus.
A suposição dos pesquisadores é de que o vírus pode afetar a obesidade infectando células “pré-gordura” – células que têm a capacidade de armazenar gordura no organismo –, fazendo com que elas amadureçam mais rapidamente. E quanto mais rapidamente elas amadurecem, mais células de gordura uma pessoa terá.
O vírus também pode inibir a capacidade das células de quebrar a gordura, fazendo com que elas aumentem em número e tamanho.
Porém, tais resultados não significam que as pessoas devem entrar em pânico com a exposição ao vírus. Mesmo se ele for um fator causal da obesidade, cada pessoa terá uma reação diferente à infecção. A regulação do peso corporal difere de pessoa para pessoa, e para algumas pessoas, a exposição ao vírus pode ser um fator menos importante.
O próximo passo que os pesquisadores querem dar é saber se as crianças que são obesas e expostas ao vírus respondem aos métodos de perda de peso de maneira diferente do que as crianças que nunca foram expostas ao vírus.
Eles também disseram que se houver pelo menos uma parte da obesidade que é causada por infecções, há um potencial para criar uma vacina para prevenir esse tipo de obesidade. Nesse caso, seriam necessários estudos para definir quem deveria tomá-la.